Confesso que sempre fui um ser de confiar no profissionalismo e na credibilidade, seja do ser humano ou do veiculo ao qual a noticia está vinculada.
Acredito que qualquer portal que se preze, sabe de quais fontes deve ‘beber’ ao postar qualquer tipo de informação. Afinal tem haver com paixão do torcedor e até com a vida de pessoas envolvidas.
Porém, a cada dia acredito menos nas informações transmitidas pelos vários veículos de imprensa. Sejam reforços, situações ou informações, parece que tem gente que anda brincando com coisa séria.
Muitos vão perguntar de onde vem essa revolta, porque essas palavras de desaprovação?
Leiam a declaração treinador do Internacional de Porto Alegre, Paulo Roberto Falcão:
- Respeito até as opiniões mais absurdas. Tese se justifica fácil. Hoje em dia qualquer tese é muito fácil de argumentar. É uma barbada, o duro é a prática. Quando eu escuto alguma coisa e tem razão de ser, eu penso. Mas estou na aldeia há alguns anos. Eu sei como vem e porque vem. Eu sei por que de repente determinados comentaristas sugerem que tem um treinador chegando. Eu sei por quê. Eu convivi com os caras. São coisas plantadas. Isso não é uma coisa séria. Convivi com muitos profissionais e muitos me decepcionaram, não pela crítica, que acho normal. Pela postura. Pela falta de seriedade. Pelos interesses e pelo desconhecimento, pra não falar em mau-caratismo. Respeito à crítica, desde que tenha fundamento. Se não tiver, eu vou responder – avisou Falcão.
São palavras de um profissional que até pouquíssimo tempo vivia o ambiente e o dia a dia da imprensa, tinha conhecimento de informações e sabe como os mesmos agem dentro do ambiente de trabalho da informação.
Como é que o jornalismo brasileiro tem sobrevivido a tamanha falta de coerência, profissionalismo e credibilidade.
O que será que as nossas faculdades têm formado?
No caso Dunga, por exemplo, pedíamos uma seleção com amor a camisa, comprometida, o cara nos deu isso e foi obrigado a escutar uma porção de bobagens por um segundo tempo ruim contra a Holanda, porque o primeiro foi irrepreensível. Onde estavam os caras que pediram coerência ao treinador da seleção?
Você torcedor é o mais lesado em toda essa brincadeira. Já não chegam nossos campeonatos estarem recheados de pessoas incompetentes, dirigentes brincalhões e despreparados, escândalos a rodo e o pior de tudo, estádios vazios e largados as moscas ou as torcidas organizadas.
O pior de tudo é que somos nós que “patrocinamos” as Mesas Redondas e Jogos Abertos da vida, somos nós que ao meio dia ou às dez da noite de domingo ligamos a TV e levamos audiência às pessoas que brincam de “Deus” com as informações.
Estou me formando em Jornalismo e assim como uma dezena de companheiros que estão cursando o mesmo, muitos não enxergam mudança e para eles a cada dia que passa se evaporam os princípios.
Além de tudo isso o governo decidiu jogar uma pá de cal ao não regulamentar a nossa profissão a serviço desses desavisados que caem de paraquedas dizendo trazer experiências das profissões e ao invés de aplicá-las, fazem piadas e gracinha na frente das câmeras.
Confesso que apesar de tudo isso, eu não desanimei na busca pelo jornalismo verdadeiro, profissional e de credibilidade. Ainda acredito que podemos ter uma geração forte e comprometida com a verdade e acredito também que essas pessoas terão oportunidade de tratar desse assunto de foram aberta e limpa e ocupar o espaço dos desavisados.
Acredito que os amigos entenderam o teor da coluna, trata-se de pessoas inteligentes que sabem que o jornalismo no Brasil está caminhando para virar uma piada.
E deixo aqui uma discussão, como o torcedor pode mudar essa situação para ser tratado com respeito a tudo que tem haver com as quatro linhas?
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