Quando garoto, tive a oportunidade de torcer e muito pelo bravo Oscar e pela seleção de basquete que participou dos jogos Olímpicos de Atlanta 1996. Imaginava que após aquela geração o melhor jogador de basquete sul americano de todos os tempos conseguiria deixar um legado para que o esporte, então segundo no coração dos brasileiros, continuasse a crescer.
Porém, o basquete brasileiro foi engolido pela falta de senso, profissionalismo e pelo dedo pobre dos dirigentes.
Ficamos fora de três Olimpíadas (Austrália, Grécia e China) e o nosso basquete bi campeão do mundo virou chacota mundial.
O cenário trágico e a pressão de esportistas e ex atletas fez com que o basquete buscasse o mínimo de organização, a criação de uma liga forte, o desenvolvimento de novos atletas e a busca pela dignidade. Lendas do nosso basquete como Oscar, Paula, Hortência e entre outros tiveram que mexer suas cartas e mais uma vez ajudar o esporte que tanto amam.
Eis que surgiu o NBB (Novo Basquete Brasil) e com ele voltamos a figurar no cenário mundial.
Na Copa do Mundo o desempenho foi satisfatório e por muito pouco não eliminamos o basquete ouro dos nossos hermanos.
Mas no pré-olímpico das Américas nossa seleção mandou.
Perdeu apenas um jogo (ainda não conto com a final), derrubou um tabu incomodo de 18 anos sem vitórias sobre a Argentina, atropelou os adversários na fase decisiva e chegou as Olimpíadas com méritos totais. Típica classificação indiscutível.
Magnano conseguiu introduzir um sistema defensivo forte que conseguiu sucesso em pouco tempo. Um contragolpe ainda mais poderoso, rápido e letal. Nos fundamentos como arremessos livres e de três pontos nossa seleção ganhou confiança e subiu no índice de aproveitamento.
O trabalho em grupo foi perfeito. Um dos mais equilibrados que já acompanhei.
Individualmente destaco o trabalho de marcação do ala Alex que classifico como o incansável, a raça e a armação consciente de Marcelinho Huertas, a tranquilidade de Giovannoni, o aproveitamento nos lançamentos apresentado por Marquinhos e a surgimento do pivô Hettsheimeir.
A seleção mostrou a cima de tudo comprometimento com o manto sagrado brasileiro e na minha opinião cada um destes atletas que fizeram parte dessa campanha merecem estar em Londres.
Nada de Nenê Hilário e Leandro Barbosa que tiraram o corpo fora quando a seleção mais precisou.
Esse grupo mostrou força e conquistou o objetivo quando poucos esperavam.
O basquete vai aos poucos reconquistando sua posição no coração dos brasileiros.
Por Ederson Manoel
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