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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Sentimento do torcedor

A última vez que a seleção brasileira de basquete masculina foi a uma Olimpíada foi em 1996.

Eu tinha 6 anos. Era novo, mas já conhecia alguns mitos do esporte como Ayrton Senna, Romário e Oscar.

Esse último levou o Brasil a 6º lugar.

Hoje, um pouco mais velho e já tendo visto um pouco mais de basquete e vendo que o Brasil não conseguiu se classificar para as 3 últimas edições do maior evento poli-esportivo do planeta, fiquei muito feliz em ver o Brasil conquistar a vaga.

Pra mim, a CBB acertou quando trouxe Ruben Magnano, quando aceitou a dispensa de Nenê, mais uma vez, e Leandrinho e principalmente, quando acreditou nos garotos do Brasil.

O time está em preparação, isso ninguém tem dúvida.

Confesso, não vejo muito o NBB nem a Euroliga, mas fiquei surpreso com alguns convocados. Já conhecia Marcelinho Machado, por tudo que fez no Flamengo, Giovannoni, Alex e Nezinho pelo último título do NBB, Huertas que foi considerado melhor armador da Europa e da Copa América, mas não conhecia Marquinhos, Rafael Luz, Augusto, Hettsheimeir, etc.

Magnano conseguiu entrosar todos eles, praticarem uma defesa forte, com destaque pra Alex, que ganhou apelido de ‘carrapato’, bom contra-ataque e confiança pra arremessos de três pontos.

Mesmo em preparação, a seleção mostrou a que veio e, mesmo pecando um pouco no último jogo, com nossos jogadores mais experientes, valeu a raça, a vontade, o empenho para voltarmos as Olimpíadas.

Mostramos que nosso basquete tem força, que não precisamos do ‘astros’ da NBA, que só dependíamos do próprio esforço.

Vendo o jogo ontem, fiquei nervoso, chutei o sofá vendo Scola fazer duas bandejas e sofrer a falta. Falei alguns palavrões quando nossa bola de três cismava em não cair. Soltava outros e gritava cada vez que o juiz marcava falta sobre os argentinos. Pulava quando o Brasil conseguia fazer uma cesta e ia a loucura quando os argentinos erravam um lance-livre.

Bom, o lado torcedor nunca quer perder, ainda mais pra Argentina. Mesmo com a vaga, eu queria ganhar e provar que podemos ganhar dentro da casa deles, com basquete de gente grande.

A comemoração já passou, com moicano ou não, estamos nas Olimpíadas e agora é trabalhar, trabalhar e trabalhar!

VAMOS BRASIL!

Pelo torcedor, André de Teves 

Siga-me no Twitter: @de_teves

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Carimbou

Quando garoto, tive a oportunidade de torcer e muito pelo bravo Oscar e pela seleção de basquete que participou dos jogos Olímpicos de Atlanta 1996. Imaginava que após aquela geração o melhor jogador de basquete sul americano de todos os tempos conseguiria deixar um legado para que o esporte, então segundo no coração dos brasileiros, continuasse a crescer.

Porém, o basquete brasileiro foi engolido pela falta de senso, profissionalismo e pelo dedo pobre dos dirigentes.

Ficamos fora de três Olimpíadas (Austrália, Grécia e China) e o nosso basquete bi campeão do mundo virou chacota mundial.

O cenário trágico e a pressão de esportistas e ex atletas fez com que o basquete buscasse o mínimo de organização, a criação de uma liga forte, o desenvolvimento de novos atletas e a busca pela dignidade. Lendas do nosso basquete como Oscar, Paula, Hortência e entre outros tiveram que mexer suas cartas e mais uma vez ajudar o esporte que tanto amam.

Eis que surgiu o NBB (Novo Basquete Brasil) e com ele voltamos a figurar no cenário mundial.

Na Copa do Mundo o desempenho foi satisfatório e por muito pouco não eliminamos o basquete ouro dos nossos hermanos.

Mas no pré-olímpico das Américas nossa seleção mandou.

Perdeu apenas um jogo (ainda não conto com a final), derrubou um tabu incomodo de 18 anos sem vitórias sobre a Argentina, atropelou os adversários na fase decisiva e chegou as Olimpíadas com méritos totais. Típica classificação indiscutível.

Magnano conseguiu introduzir um sistema defensivo forte que conseguiu sucesso em pouco tempo. Um contragolpe ainda mais poderoso, rápido e letal. Nos fundamentos como arremessos livres e de três pontos nossa seleção ganhou confiança e subiu no índice de aproveitamento.

O trabalho em grupo foi perfeito. Um dos mais equilibrados que já acompanhei.

Individualmente destaco o trabalho de marcação do ala Alex que classifico como o incansável, a raça e a armação consciente de Marcelinho Huertas, a tranquilidade de Giovannoni, o aproveitamento nos lançamentos apresentado por Marquinhos e a surgimento do pivô Hettsheimeir.

A seleção mostrou a cima de tudo comprometimento com o manto sagrado brasileiro e na minha opinião cada um destes atletas que fizeram parte dessa campanha merecem estar em Londres.

Nada de Nenê Hilário e Leandro Barbosa que tiraram o corpo fora quando a seleção mais precisou.

Esse grupo mostrou força e conquistou o objetivo quando poucos esperavam.

O basquete vai aos poucos reconquistando sua posição no coração dos brasileiros.

Por Ederson Manoel

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domingo, 11 de setembro de 2011

Alô torcida do Fogão

Sabe aquele momento que pede uma atitude que faça a diferença?

Sabe aquele momento que precisa aparecer um diferencial?

Pois bem, para o Botafogo de Futebol e Regatas e sua torcida tão sofrida nos últimos anos esse momento chegou.

O Engenhão lotado na ultima quarta feira, 7 de setembro, quando a equipe goleou o Ceará, mostrou ser uma grande arma do Fogão na busca pelo titulo nacional.

O carinho do torcedor mexeu com os jogadores, encheu de moral e colaborou e muito para que a equipe continuasse voando. Venceu desenvolvendo futebol, pegada, mostrou volume, muita disposição e entrega por parte dos atletas que a cada comemoração pareciam viver uma situação nova dentro da sua própria casa.

Chegou a hora de deixar o medo dos últimos anos para trás e confiar na bela e equilibrada equipe que foi montada para  esse campeonato Brasileiro sob o comando de Caio Junior.

Acredito que é o momento para deixar a desconfiança das ultimas competições e virar o décimo segundo jogador que pode tornar o Botafogo praticamente imbatível no Engenhão.

Imbatível em casa, a equipe tende a ganhar corpo e confiança para somar pontos fora na briga pelo titulo.

Motivos para confiar?

Seu goleiro que figura na lista dos selecionáveis a dois anos passa confiança, a zaga esta segura e entrosada, seus laterais ‘voam’, a dupla de volantes afinadíssima, os meias criam, tabelam e finalizam com muita competência e a dupla de ataque formada pelos gringos mostra muita personalidade e confiança.

No banco um comandante que evoluiu e fez a equipe evoluir juntamente e reservas que se não são de luxo, estão em sintonia com o bom momento.

Então torcedor alvinegro faça mais do que sua parte, lote o estádio a cada jogo que falta do segundo turno do Brasileiro 2011 e tenho certeza que esse pode ser o diferencial na busca pelo titulo.

Deixe de lado o medo, a desconfiança, os protestos e leve apenas o seu grito, o seu apoio para que o Botafogo possa ultrapassar esse limite que falta entre a derrota e a gloria.

Chegou a hora de ser o 12º jogador na busca pelo titulo e não na briga pelo rebaixamento.

E você torcedor, pode fazer a diferença.

É só acreditar.

Por Ederson Manoel

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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Arrancada para Londres

Brasil venceu a Argentina por 73 x 71 pela Copa América (Pré Olímpico das Américas), exatamente um ano após ter caído para os vizinhos no Mundial da Turquia e quebrando um jejum de dezesseis anos sem vitória contra os nossos vizinhos nos torneios de importância.

Foi uma partida na qual o Brasil se apresentou de duas maneiras bem distintas. Na primeira parte, que durou por todo o primeiro tempo, a equipe brasileira desempenhava uma defesa ruim e no ataque fez o jogo que sempre foi alvo de críticas. De certa forma, o jogo que sempre apresentamos nos últimos quinze ou vinte anos nos torneios internacionais, claro, sem resultados práticos: chute de três pontos desequilibrados, ataques forçados a todo momento e o pior, a burra insistência numa forma que claramente está ultrapassada e somente nos afunda nos jogos internacionais.

No segundo tempo, apesar de começar com um ponto de desvantagem, o Brasil refez seu jogo. Os chutes de três pontos sem cabimento passaram a não existir. Os 18 tiros de longe da primeira parte (com apenas cinco acertos) deram lugar à bolas próximas do cesto, com um volume muito superior às frustradas tentativas de três, que somente aconteceram quando equilibrados e livres, como sempre deve ser.

Ainda no lado ofensivo, não podemos deixar de destacar a partida de Rafael Hettsheimer.O jovem pivô, de nome complicado para nossos padrões linguísticos, fez a partida da vida até agora com a camisa do selecionado. De 11 tentativas, acertou nove, priorizando a técnica debaixo do cesto. Jogando dentro do garrafão, com repertório excelente com as duas mãos, com arremessos de curta/média distância em momentos corretos, sem forçar bolas sem necessidade, causando um problema para o qual não existiu solução por parte dos adversários. Ainda achou tempo para capturar oito rebotes e defender muito bem.

Na defesa, aliás, é que o nosso time conseguiu evitar uma virada que em alguns momentos parecia inevitável. Se na primeira etapa, o fato de ficarmos na frente por quase a totalidade do tempo jogado se deveu exclusivamente pela quantidade de erros dos argentinos em bolas fáceis, com arremessos sem marcação sendo errados, não podemos dizer o mesmo da segunda parte. Uma defesa que contestou os arremessos, fechou com qualidade e brigou pelos rebotes que, claro, errou uma ou outra rotação defensiva, ou teve um rebote ou outro perdido, mas nada além do normal do que acontece com qualquer equipe de basquetebol.

O mais importante: aplicamos o que foi treinado, não deixamos para amanhã, para o tão conhecido e aclamado SE, não focamos nas desculpas para o pós-jogo, não tivemos um grande aprendizado. Até que enfim, ensinamos alguma coisa ! Aos trancos e barrancos, conseguimos evitar que Manu Ginobili e Luis Scola tomassem conta do jogo, que Carlos Delfino pudesse dar seu show particular com cortes e chutes livres, que Pablo Prigioni armasse e ditasse o ritmo da partida como bem entendesse.

Simplesmente defendemos os pick and rolls, que um ano atrás nos eliminaram no Mundial da Turquia. Tivemos certo sucesso ao não deixar Manu esquentar na partida. Scola esteve bem, porém abaixo do que o pesadelo na Turquia. Capturamos os rebotes sem que a Argentina tivesse segundas chances de pontuar e construir ataques a todo momento. Foi uma defesa que foi agressiva, forte, concentrada pelos vinte minutos finais. Uma defesa que todos nós gostaríamos de ver por 40 minutos. Que todos nós torcemos para estar sempre presente.

Retornando ao ataque, é bom lembrar que conseguimos fazer um balanço defensivo muito efetivo e os ataques, apesar de várias vezes não ter a movimentação dos cinco atletas de forma mais bem elaborada, conseguiu reter a bola, jogar com o relógio, usar a paciência por termos a vantagem nos pontos e os laterais tiveram, pela primeira vez em anos, a objetividade de cortar e procurar o pivô, cortar e chutar, cortar e achar alguém livre no perímetro. Saíram do jogo estático do chute de três a qualquer preço, em qualquer momento, de qualquer jeito.

Para a continuidade do Pré Olímpico devemos conter a euforia, fazer uma grande partida com Porto Rico amanhã e claro, pensar em vitória. A partir daí, concentrarmos para o final de semana que resolverá se retornarmos pelas próprias pernas para os jogos olímpicos ou vamos esperar 2016 quando seremos sede.

Que esta vitória seja a primeira de muitas com uma forma diferente de jogar, uma forma que se mostra possível de vencer equipes fortes, mas que difere da nossa filosofia, que nos últimos 10, 15, 20 anos não tem dado nenhum resultado. Hoje foi um dia histórico, mas de forma nenhuma podemos dormir imaginando que o serviço está feito. Temos ainda três jogos para realizar e este foi um primeiro passo muito importante.



Henrique Lima Gonsalves

raoni@draftbrasil.net


http://www.draftbrasil.net/wordpress/

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